A partir do mapeamento dos ninhos de gavião-real, pode-se iniciar o monitoramento destes locais de nidificação onde é possível (1) obter informações sobre os recursos florestais utilizados pela espécie, (2) descrever as caracteristicas da floresta onde constroi seus ninhos e (3) identificar os vestígios de presas trazidas pelo casal para alimentar o filhote no ninho.  A marcação do gavião-real com anilha alfanumérica do CEMAVE/ICMBio e do PCGR, é uma técnica de identificação e monitoramento individual mais antiga e barata utilizada até hoje para todas as espécies de aves. O acompanhamento da utilização do entorno do ninho pelo filhote e da área de caça utilizada pelos adultos no cuidado com este filhote, por meio da telemetria (VHF ou satélite) favorecerá o mapeamento do padrão do uso dos recursos florestais nas diferentes etapas da vida da espécie na floresta. Amostras de penas coletadas na natureza, em museus e em cativeiro e de sangue de indivíduos marcados ou que estiveram sob processo de reabilitação permitem a realização de análises genéticas que revelam informação valiosa presente e pretérita sobre o gavião-real, cruciais para estratégias de conservação desta espécie.